terça-feira, 3 de novembro de 2015

PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA ITAJUBÁ







Família e escola: articulando o conhecimento para a formação integral.






Corpo Docente

Ceci Morandin
Denise Carla de Villa
Elisabete Revers
Elisangela Lorenski
Fernanda Mazutti
Gabriely Wronski
João Cherobin
Leandro Kist
Luiz Périco
Marilize Lucion
Noeli Koswoski
Norberto Araldi
Rafael Forchezatto
Rita Heneka
Rosane Pagnussat
Sandra Heneka
Josiane Moura
Cristiane de Souza

Descanso, SC Novembro 2015.

APRESENTAÇÃO

O estudo da Proposta Curricular de Santa Catarina com debate sobre as áreas do conhecimento e suas contribuições na Educação Básica e na Formação Integral do educando levou o grupo escolar a indagar sobre as inquietudes que surgem no âmago do relacionamento entre escola e família, e o ensino aprendizagem entre professor e aluno. Buscou-se um maior entendimento por meio de pesquisa bibliográfica acerca da família e escola, sua relação com a educação escolar com o apoio da Proposta Curricular de Santa Catarina.

A escolha do tema do projeto justifica-se por ser fundamental no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, sendo ele, “Família e Escola: articulando o conhecimento para a formação integral”.  A interação entre professor e aluno exerce papel fundamental no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Para haver aprendizagem o aluno tem que se sentir motivado, seguro, amado, acolhido, aceito e ouvido, por isso a importância dos profissionais da educação ter uma relação motivadora que instigue os alunos para que o aprendizado seja significativo.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


A Família é a base de tudo na vida do ser humano. É na família que aprendemos as primeiras noções da vida em sociedade, os primeiros conceitos de cultura, de respeito, de afeto e de carinho.

Podemos perceber que quando os pais se fazem presentes, mostrando interesse pelo filho, pela escola, pelo que ele está aprendendo, pelas coisas que está fazendo ou deixando de fazer e pelos seus progressos e necessidades, as crianças e adolescentes apresentam maior motivação para o aprender, pois se sentem orgulhosas de seus feitos. O laço escola e família é importante, pois é através dele que muitas vezes conseguimos vencer obstáculos no transcorrer da vida escolar dos educandos.

Quando a criança sai do seu primeiro grupo social que é a família passa por um processo muito difícil até adaptar-se a uma nova forma de sociedade, ao entrar na escola a criança precisa se desprender de seu mundo para viver em grupo, com novas regras e pessoas diferentes ao seu redor. É nessa hora que o professor precisa ter sensibilidade para com a criança que está entrando na escola, dar a atenção necessária e principalmente incluí-lo com os demais alunos, é nesse momento que a presença familiar é fundamental, o carinho entre família e escola, ambas precisam se acolher, se entender e se ajudar para o bem comum desse educando.

Conforme TIBA (1998, p.15) [...] devemos fazer uma reflexão a cerca do que há para ser ensinado às crianças, sobre a metodologia que pode tornar mais coesa a ação docente, sendo essa ação, uma alavanca que poderá ajudar a escola a encontrar saídas legítimas, superar problemas morais e éticos os quais assolam o seu dia-a-dia, vez que a escola não é única instância de formação e cidadania, nesse diapasão, a família tem seu papel principal.

Já para SILVA e ESPÓSITO (1990) é necessário reconhecer, portanto, que a escola é uma instituição cujo objetivo principal é a socialização de conhecimentos acumulados. Não há como negar que o papel inerente à escola seja a transmissão do saber sistematizada a formação cultural como instrumento de inserção social dos indivíduos enquanto cidadãos. É esta a sua função possível e indispensável. (Silva e Espósito 1990, p. 25).

 O desenvolvimento do indivíduo e da sociedade depende cada vez mais da qualidade e da igualdade de oportunidades educativas. A escola é um espaço concreto fundamental para a formação de significados e para se exercer a cidadania na medida em que possibilita a aprendizagem e a participação crítica.
 A escola, portanto, deverá respeitar os conhecimentos e valores que as famílias possuem, promovendo a participação dos membros da instituição familiar em diferentes situações.
Com base nesses aspectos e juntamente com o estudo da Nova Proposta Curricular do estado de Santa Catarina, acredita-se que o envolvimento da família na escola contribui para a formação integral do educando.

OBJETIVO GERAL
Desenvolver atividades histórico-culturais para aproximar a família da escola resgatando e socializando as atividades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·         Resgatar histórias, canções e brincadeiras;
·         Vivenciar o resgate histórico-cultural;
·         Desenvolver a imaginação através de histórias contadas;
·         Produzir textos de linguagem verbal e não verbal;
·         Apresentar em forma de oficinas o resgate histórico-cultural;
·         Envolver a comunidade escolar na apresentação das oficinas;
·         Registrar em mídias digitais o trabalho desenvolvido.
·         Pesquisar as propriedades para perceber o processo de transformação do espaço geográfico a partir da Revolução Verde (1970).
·         Construir maquete das propriedades.
·         Diálogo com membros mais antigos das comunidades, fazendo o resgate histórico-cultural.
·         Pesquisar, junto à comunidade escolar as atividades econômicas de maior relevância.
·         Visitar propriedades a fim de aplicar os instrumentos de pesquisa (entrevistas e questionários)
·         Representar graficamente os resultados da pesquisa.
·         Envolver a comunidade escolar na organização dos resultados da pesquisa.
·         Apresentar em forma de oficinas o resultado da pesquisa.
·         Estimular o cultivo de produtos orgânicos nas propriedades.


JUSTIFICATIVA


Percebe-se uma distância entre família e escola, com isso surge a necessidade de aproximá-las para conhecer melhor a realidade de cada um e também conscientizar a família sobre o comprometimento no processo de ensino e aprendizagem. Tendo em vista a formação integral do educando desenvolveremos o nosso projeto inter-relacionando as diferentes áreas do conhecimento.
Nesse sentido, a Proposta Curricular de Santa Catarina, envolvendo as áreas das LINGUAGENS, CIÊNCIAS HUMANAS e MATEMÁTICA e CIÊNCIAS DA NATUREZA, dialogam entre si, construindo assim, dentro do espaço escolar um ambiente democrático. Assim, o envolvimento da comunidade escolar torna-se imprescindível, valorizando diferentes saberes, motivando à formação integral.


ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS (AÇÕES NA ÁREA DA LINGUAGEM)

·         Pesquisa a respeito das origens étnicas existentes na comunidade escolar;
·         Enviar por meio dos alunos atividades que envolvam a participação dos pais:
- Resgate de uma cantiga;
- A confecção de um brinquedo;
- Registro de um causo;
·         Elaboração de um questionário prévio com a participação dos alunos a respeito de suas curiosidades.
·         Convidar uma pessoa que tem conhecimento de uma cultura específica (italiano, polonês, alemão,...) para relatar a respeito desta, o contexto histórico, dança, alimentação, vestes, língua, organização comunitária envolvendo o questionamento elaborado anteriormente em sala de aula.
·         Pesquisa;
·         Produções textuais e artísticas;

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS (AÇÕES NA ÁREA CIÊNCIAS HUMANAS)

Atividade 1: visitar propriedade; atividade 2: construção de maquete; atividade 3: trabalho voltado ao resgate cultural e etnias.
·         Atividade 1: pesquisa nas propriedades: com objetivo de conhecer os  primeiros proprietários (colonizadores), formas de trabalho desenvolvidas tendo presente a evolução tecnológica nas últimas décadas, a partir da revolução verde (década de 1970).
·         Se houve sucessão de proprietários e elencar os motivos.
·         Pesquisar como era a sobrevivência das famílias, o que produziam e o que produzem hoje.
·         Apontar mudanças no processo de produção.
·         Analisar melhorias e dificuldades enfrentadas pelos proprietários antigamente e hoje.
·         Atividade 2: construção de maquete: os alunos em grupo, deverão construir duas maquetes de uma propriedade visitada, trazendo uma com perspectiva do antigamente e uma maquete da propriedade atual.
·         Atividade 3: resgate cultural e de etnias: objetivo de trazer membros da comunidade que fizeram parte da construção das comunidades, para uma conversa no grande grupo para o resgate cultural e das etnias. Os alunos deverão trazer fotos antigas para perceber a mudança no espaço geográfico.


ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS (MATEMÁTICA E CIÊNCIAS DA NATUREZA)

·         Visitação de propriedades por amostra;
·         Aplicação dos instrumentos de pesquisa;
·         Organização dos dados coletados;
·         Construção de gráficos e tabelas;
·         Socialização dos resultados obtidos com a participação da comunidade escolar;
·         Palestra sobre os benefícios do cultivo e consumo de produtos orgânicos;
·         Resgate cultural da produção artesanal de alimentos sem o uso de aditivos químico (iogurtes, queijos pães, chás e sementes).







ESTRATÉGIAS (METODOLOGIA, PROCEDIMENTOS).

O projeto foi elaborado com base na nova Proposta Curricular de Santa Catarina que tem como objetivo uma formação integral do aluno.
Diante disso o tema sugerido foi “Família e escola: articulando o conhecimento para a formação integral.”.        Diante do tema sugerido:
            - Pesquisa de campo: questionários, entrevistas e visitas as famílias;
            - Desenvolvimento das atividades: através de oficinas práticas como, por exemplo, oficinas de dança, artesanato, jogos e brincadeiras, contação de histórias, e expositivas como, por exemplo, comidas típicas, fotos, músicas entre outras.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Rose Neubauer e ESPOSITO, Yara Lúcia. Analfabetismo e Subescolarização: ainda um desafio, SP: Cortez, 1990.
Santa Catarina Governo do Estado. Secretaria de Estado da Educação. Proposta Curricular de Santa Catarina: formação integral na educação básica, 2014, 192p.
TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. São Paulo: Gente, 1998.


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