PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA
CATARINA/REORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Elisabete
Revers
Elisangela
Lorenski
Fernanda
Mazutti
Norberto
Araldi
Noeli
Koswoski
Rafael
Forchezatto
Escola de Educação Básica Itajubá -
Distrito de Itajubá - Descanso - SC
15-04-15
RESUMO
Com o
objetivo de melhorar a qualidade da Educação no Estado de Santa Catarina está
sendo elaborada a nova Proposta Curricular que defende o ensino integral,
liberdade de organização em série/ano, ciclo, alternância. Define currículo
como sendo percurso formativo e contínuo que se dá ao longo da vida, significa
considerar a singularidade dos tempos e dos modos de aprender dos diferentes
sujeitos e traça o percurso formativo do estudante, bem como formas de
avaliação.
Palavras-chave:
Proposta Curricular; Educação Integral;
Percurso Formativo; Avaliação.
ATUALIZAÇÃO CURRICULAR
É formulada uma primeira edição da Proposta
Curricular de Santa Catarina entre os anos de 1988 e 1991, o grupo de produção
foi composto mediante processo seletivo, via edital. Foram envolvidos
professores, técnicos e especialistas da rede estadual de ensino que se
mostravam, a partir de estudos e processos de formação continuada, dispostos a
construir uma nova alternativa curricular definindo uma concepção de sujeito,
de projeto de escola e de sociedade.
A atualização da Proposta Curricular torna-se,
assim, necessária em face do conjunto das diretrizes e de demandas das redes de
ensino do Estado de Santa Catarina. O processo de atualização da Proposta
Curricular orienta-se por três fios condutores que se colocam como desafios no
campo educacional: 1) perspectiva, referenciada numa concepção multidimensional
de sujeito; 2) visando superar o etapismo escolar e a razão fragmentária que
ainda predomina na organização curricular e 3) atenção à concepção de
diversidade no reconhecimento das diferentes configurações identitárias e das
novas modalidades da educação. A presente atualização resulta, pois, da
atividade coletiva de diferentes grupos de professores e gestores educacionais
provenientes das redes de ensino estadual, municipal, federal e privada.
A busca pela Formação Integral é parte da
experiência humana na qual a escolarização vai ocupando lugar central, e a
educação é expressão do desejo e do direito humano fundamental. Como concepção
de formação e como projeto educacional, ela forma parte da histórica luta pela
emancipação humana a qual é um grande desafio educacional contemporâneo. Uma
formação mais integral do cidadão supõe considerar e reconhecer o ser humano
como sujeito que produz, por meio do trabalho, as condições de (re)produção da
vida, modificando os lugares e os territórios de viver, revelando relações
sociais, políticas, econômicas, culturais e socioambientais. Entende-se que é
por meio da apropriação dos diferentes elementos da cultura que cada indivíduo
desenvolve suas capacidades.
A organização curricular delineia os conceitos
a serem contemplados nas atividades de ensino e educação, como também as
estratégias para sua apropriação e as que viabilizam o direito à igualdade de
condições de acesso ao conhecimento e permanência para todos os sujeitos na
escola, incluindo-se os adultos e idosos e priorizando os de zero a 17 anos.
Compreender o percurso formativo como um continuum que se dá ao longo da vida
escolar, tanto quanto ao longo de toda a vida, significa considerar a
singularidade dos tempos e dos modos de aprender dos diferentes sujeitos.
Grupos diferentes desenvolvem conceitos
diferentes. São resultados do esforço coletivo significativo da atividade
mental na direção da comunicação, do conhecimento e da busca da resolução de
problemas. Como instrumentos de apreensão da realidade podem ser entendidos
dois: conceitos cotidianos partindo diretamente das experiências e vivências e
os conceitos sistematizados que resultam de ações intencionais e claramente
objetivadas. O que se objetiva nas aprendizagens do sujeito por meio de um
currículo que privilegie as ações de educação integral é a permanência de
práticas que se renovem e sejam mediadas pelo entorno histórico, social e
cultural, nas quais se reconheçam seus conhecimentos prévios como ponto de
partida, permitindo a instauração de aprendizagens e vivências que sustentem a
organização de compreensões e, pela generalização dos conceitos, amparem novas
aprendizagens.
A
organização do conhecimento precisa ter intencionalidade para sua
produção/apropriação, considerando o entrelaçamento entre o tempo de vida do
sujeito e o percurso formativo nos diferentes processos de aprendizagem e
desenvolvimento, entre o conhecimento sistematizado e a realidade, no processo
de elaboração conceitual, sendo reforçado pela cultura em que está inserido. A
sala de aula é o espaço central da aprendizagem escolar e pode ser organizada
por ano/série, ciclos de formação e pedagogia da alternância, que envolve a
Educação do Campo, Educação Escolar Quilombola e Indígena, Casa Familiar rural,
entre outras.
A avaliação educacional é um dos elementos
fundamentais no percurso formativo. Vincula-se ao desafio da aprendizagem como
instrumento de contínua progressão. Não deve, ficar restrita à produção de uma
síntese avaliativa individual, por disciplina, componente curricular ou por
área, focada exclusivamente no desempenho individual do sujeito. A avaliação
deve servir como um instrumento de inclusão e não de classificação e/ou
exclusão. O conselho de classe oportuniza a tomada de decisão coletiva sobre os
processos de aprendizagem, tendo como base o percurso formativo na sua
integralidade. A avaliação deve contemplar as seguintes etapas: a de
diagnóstico, a de intervenção e a de replanejamento.
CONCLUSÃO
Portanto, a Nova Proposta Curricular de SC
elaborada por profissionais que atuam em sala de aula, vem a atender a nova
demanda de alunos com acesso as várias tecnologias de informação colocando em
questão que é de suma importância que o professor leve em conta todo esse
conhecimento adquirido dos diferentes modos de produção próprios da internet.
O trajeto para que o educando passe de meio
espectador para um aluno pesquisador é longo e sinuoso, pois o educando ainda
encontra no professor o único detentor de conhecimentos, quando o aluno se der
por conta que o professor está o instigando e passa a ser questionador e
pesquisador a escola passará a ser um local de suma importância para ele e
voltará a ter seu lugar de destaque em uma sociedade que a desprestigia.
Assim sendo é necessário repensar o currículo
com condições didáticas que permitam ao sujeito realizar ações de um
pesquisador, aja e atue dentro da sociedade.
REFERÊNCIAS
RATNER,
Carl. A psicologia sócio-histórica de Vygotsky: aplicações contemporâneas. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1995.
ROMÃO, Jeruse. Diversidade na
educação: notas para reflexão inicial. Comunicação apresentada no I Seminário
da Atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina, Balneário Camboriú,
2014.
SANTA CATARINA. Documento síntese dos estudos e das
discussões do grupo de produção da área de Educação Infantil e dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental. Florianópolis: SED, 2014. 63p. (mimeo).
Proposta
Curricular SC 2014: Apresentação
Disponível em:
www.propostacurricular.sed.sc.gov.br/ Acesso em: 15 de abril
de 2015.
SANTA
CATARINA. Proposta Curricular: uma contribuição para a escola pública do pré-
escolar, 1º grau, 2º grau e educação de adultos. Florianópolis: IOESC, 1991.
Um comentário:
A Proposta Curricular de Santa Catarina deve orientar nossas ações pedagógicas.
Parabenizamos o trabalho desenvolvido por esta escola.
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