terça-feira, 19 de maio de 2015

Paper Grupo 1

PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA/REORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Elisabete Revers
Elisangela Lorenski
Fernanda Mazutti
Norberto Araldi
Noeli Koswoski
Rafael Forchezatto
Escola de Educação Básica Itajubá - Distrito de Itajubá - Descanso - SC
15-04-15



RESUMO
Com o objetivo de melhorar a qualidade da Educação no Estado de Santa Catarina está sendo elaborada a nova Proposta Curricular que defende o ensino integral, liberdade de organização em série/ano, ciclo, alternância. Define currículo como sendo percurso formativo e contínuo que se dá ao longo da vida, significa considerar a singularidade dos tempos e dos modos de aprender dos diferentes sujeitos e traça o percurso formativo do estudante, bem como formas de avaliação.
Palavras-chave: Proposta Curricular; Educação Integral; Percurso Formativo; Avaliação.

ATUALIZAÇÃO CURRICULAR
É formulada uma primeira edição da Proposta Curricular de Santa Catarina entre os anos de 1988 e 1991, o grupo de produção foi composto mediante processo seletivo, via edital. Foram envolvidos professores, técnicos e especialistas da rede estadual de ensino que se mostravam, a partir de estudos e processos de formação continuada, dispostos a construir uma nova alternativa curricular definindo uma concepção de sujeito, de projeto de escola e de sociedade.
A atualização da Proposta Curricular torna-se, assim, necessária em face do conjunto das diretrizes e de demandas das redes de ensino do Estado de Santa Catarina. O processo de atualização da Proposta Curricular orienta-se por três fios condutores que se colocam como desafios no campo educacional: 1) perspectiva, referenciada numa concepção multidimensional de sujeito; 2) visando superar o etapismo escolar e a razão fragmentária que ainda predomina na organização curricular e 3) atenção à concepção de diversidade no reconhecimento das diferentes configurações identitárias e das novas modalidades da educação. A presente atualização resulta, pois, da atividade coletiva de diferentes grupos de professores e gestores educacionais provenientes das redes de ensino estadual, municipal, federal e privada.
A busca pela Formação Integral é parte da experiência humana na qual a escolarização vai ocupando lugar central, e a educação é expressão do desejo e do direito humano fundamental. Como concepção de formação e como projeto educacional, ela forma parte da histórica luta pela emancipação humana a qual é um grande desafio educacional contemporâneo. Uma formação mais integral do cidadão supõe considerar e reconhecer o ser humano como sujeito que produz, por meio do trabalho, as condições de (re)produção da vida, modificando os lugares e os territórios de viver, revelando relações sociais, políticas, econômicas, culturais e socioambientais. Entende-se que é por meio da apropriação dos diferentes elementos da cultura que cada indivíduo desenvolve suas capacidades.
A organização curricular delineia os conceitos a serem contemplados nas atividades de ensino e educação, como também as estratégias para sua apropriação e as que viabilizam o direito à igualdade de condições de acesso ao conhecimento e permanência para todos os sujeitos na escola, incluindo-se os adultos e idosos e priorizando os de zero a 17 anos. Compreender o percurso formativo como um continuum que se dá ao longo da vida escolar, tanto quanto ao longo de toda a vida, significa considerar a singularidade dos tempos e dos modos de aprender dos diferentes sujeitos.
Grupos diferentes desenvolvem conceitos diferentes. São resultados do esforço coletivo significativo da atividade mental na direção da comunicação, do conhecimento e da busca da resolução de problemas. Como instrumentos de apreensão da realidade podem ser entendidos dois: conceitos cotidianos partindo diretamente das experiências e vivências e os conceitos sistematizados que resultam de ações intencionais e claramente objetivadas. O que se objetiva nas aprendizagens do sujeito por meio de um currículo que privilegie as ações de educação integral é a permanência de práticas que se renovem e sejam mediadas pelo entorno histórico, social e cultural, nas quais se reconheçam seus conhecimentos prévios como ponto de partida, permitindo a instauração de aprendizagens e vivências que sustentem a organização de compreensões e, pela generalização dos conceitos, amparem novas aprendizagens.
 A organização do conhecimento precisa ter intencionalidade para sua produção/apropriação, considerando o entrelaçamento entre o tempo de vida do sujeito e o percurso formativo nos diferentes processos de aprendizagem e desenvolvimento, entre o conhecimento sistematizado e a realidade, no processo de elaboração conceitual, sendo reforçado pela cultura em que está inserido. A sala de aula é o espaço central da aprendizagem escolar e pode ser organizada por ano/série, ciclos de formação e pedagogia da alternância, que envolve a Educação do Campo, Educação Escolar Quilombola e Indígena, Casa Familiar rural, entre outras.
A avaliação educacional é um dos elementos fundamentais no percurso formativo. Vincula-se ao desafio da aprendizagem como instrumento de contínua progressão. Não deve, ficar restrita à produção de uma síntese avaliativa individual, por disciplina, componente curricular ou por área, focada exclusivamente no desempenho individual do sujeito. A avaliação deve servir como um instrumento de inclusão e não de classificação e/ou exclusão. O conselho de classe oportuniza a tomada de decisão coletiva sobre os processos de aprendizagem, tendo como base o percurso formativo na sua integralidade. A avaliação deve contemplar as seguintes etapas: a de diagnóstico, a de intervenção e a de replanejamento.


CONCLUSÃO

Portanto, a Nova Proposta Curricular de SC elaborada por profissionais que atuam em sala de aula, vem a atender a nova demanda de alunos com acesso as várias tecnologias de informação colocando em questão que é de suma importância que o professor leve em conta todo esse conhecimento adquirido dos diferentes modos de produção próprios da internet.
O trajeto para que o educando passe de meio espectador para um aluno pesquisador é longo e sinuoso, pois o educando ainda encontra no professor o único detentor de conhecimentos, quando o aluno se der por conta que o professor está o instigando e passa a ser questionador e pesquisador a escola passará a ser um local de suma importância para ele e voltará a ter seu lugar de destaque em uma sociedade que a desprestigia.
Assim sendo é necessário repensar o currículo com condições didáticas que permitam ao sujeito realizar ações de um pesquisador, aja e atue dentro da sociedade.


  REFERÊNCIAS


RATNER, Carl. A psicologia sócio-histórica de Vygotsky: aplicações contemporâneas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

ROMÃO, Jeruse. Diversidade na educação: notas para reflexão inicial. Comunicação apresentada no I Seminário da Atualização da Proposta Curricular de Santa Catarina, Balneário Camboriú, 2014.

SANTA CATARINA. Documento síntese dos estudos e das discussões do grupo de produção da área de Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Florianópolis: SED, 2014. 63p. (mimeo).

 

Proposta Curricular SC 2014: Apresentação Disponível em:

www.propostacurricular.sed.sc.gov.br/ Acesso em: 15 de abril de 2015.


SANTA CATARINA. Proposta Curricular: uma contribuição para a escola pública do pré- escolar, 1º grau, 2º grau e educação de adultos. Florianópolis: IOESC, 1991.

Um comentário:

NTE - São Miguel do Oeste - SC disse...

A Proposta Curricular de Santa Catarina deve orientar nossas ações pedagógicas.
Parabenizamos o trabalho desenvolvido por esta escola.

DIRETORES