Paper Grupo 3

UM OLHAR SOBRE A PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA:

Ana Paula Filiceti

Camila Capelari

Denise de Villa

Gabrieli

Luiz Perico Neto

Marilize Lucion

Rosane Pagnussat

Escola de Educação Básica Itajubá- EEBITAJUBÁ

24/04/2015

RESUMO

Desde 1980, as questões educacionais no Brasil tem ganhado espaço, pois as políticas da época também propiciaram ações que envolveram professores, técnicos e especialistas da rede estadual de ensino. Segundo a PCSC os fios condutores que permearam o campo educacional foram: 1) Perspectiva de Educação Integral e multidimensional do sujeito; 2) Concepção de percurso formativo; 3) Atenção à concepção de diversidade no reconhecimento das diferentes configurações identitárias das novas modalidades de ensino.Quanto mais integral a formação dos sujeitos, maior será as possibilidades de criação e transformação da sociedade.

Palavras chave: Proposta Curricular de Santa Catarina, Educação Básica e Integral 

 

1 INTRODUÇÃO

            O presente Paper é o resultado de diálogos reflexivos, desenvolvidos entre professores das diversas áreas do conhecimento, os quais envolvem a nova Proposta Curricular de Santa Catarina.

             A partir de leituras do texto da nova proposta, que versa sobre a necessidade de sua reformulação em virtude das novas demandas de ensino e traz um suporte epistemológico acerca do ensino integral, da formação histórica e integral dos sujeitos                                                                                  

             Sendo que a nova proposta nos desafia a pensarmos em estratégias para quebrarmos as barreiras que dividem o nosso currículo atualmente, em pensarmos em um novo currículo que possibilite a real integralização do ensino, a qual garantirá uma formação mais completa do sujeito.

2 DESENVOLVIMENTO

               A educação integral demanda de um currículo que contemple a realidade do aluno, buscando experiências com as quais possam ser envolvidos e apropriando-se do conhecimento. O sujeito tem o direito a uma formação que reconheça e ensine a reconhecer o direito  às diversidades e identidades culturais e por esses meios desenvolver suas capacidades.

               A PCSC afirma também que “os seres humanos que vivem em grupos desenvolvem a necessidade de organizar as atividades práticas e a interagir constantemente”. A PCSC orienta-se por interesses e necessidades de todos os sujeitos, tendo em vista sua formação integral. As ações pedagógicas na Educação Básica podem desenvolver nas pessoas potencialidades de ser humano de diferentes natureza e não apenas determinados aspectos.

               Tendo como base os fundamentos teóricos medológicos da PCSC percebe-se que o ser humano se apropria do conhecimento com base na experiência e na realização de atividades articulando-as entre as gerações passadas e a presente. A PCSC contempla uma citação de  Vygotsky “ ...a criança percebe e toma conhecimento da realidade que a cerca”, assim sendo, o ensino de formação integral trás a necessidade de se pensar em atividades de outras naturezas com significado pedagógico, pois os processos de aprendizagem necessitam oferecer grande diversidade e vivência ao longo do percurso de formação desses indivíduos.

               Estudos sobre essa teoria da atividade verificam que o ser humano desenvolve-se a partir da comunicação emocional desde as primeiras semanas de vida e com o passar do tempo a criança ocupa um espaço diferenciado na sociedade, passando a ter iniciativa, espelhando-se nos adultos e reproduzindo em seu faz  de conta a vida social. Com isso percebeu-se que aos 06 anos de idade a criança está apta a ingressar no Ensino Fundamental, que por intermédio do professor vai assimilar o conhecimento através da prática de brincadeiras e jogos .

               O autor Davidov salienta que as crises acompanham o desenvolvimento do ser humano e marcam a passagem de um ciclo para outro, por isso é muito importante uma boa instrução pedagógica, principalmente na pré escola onde estão em desenvolvimentos diferentes capacidades humanas e ao mesmo se aplica a criança do Ensino Fundamental a estruturação pedagógica , sendo que os jogos por exemplo criam condições objetivas para a atividade em estudo, sendo sempre muito importantes.

                O planejamento do trabalho pedagógico escolar passa então a ter atividades principais e não as etapas da educação básica, tendo em vista a formação integral de diferentes sujeitos na Educação Básica.

                 A formação do percurso formativo deve ser concebida de acordo com o contexto social, interesses e necessidades dos estudantes. Para que a formação integral aconteça realmente, a escola precisa desempenhar não só a função pedagógica mas também a  social. Por isso hoje a escola passa a trabalhar em conjunto com demais entidades da sociedade onde a escola se encontra, buscando o envolvimento da família para que possam fazer  parte das decisões da escola.

                 O PPP ( Projeto Político Pedagógico) é instrumento de movimento da escola e carrega consigo o potencial de ser o condutor do contexto escola e sociedade. A ação pedagógica da escola ancorada no percurso formativo, consiste em se repensar nos espaços, formas de aprendizagem, superando atuais limites impostos pelos componentes curriculares.

                   O currículo que se realiza neste momento precisa de espaço físico e condições didáticas que permitam ao sujeito realizar atividades próprias de quem pesquisa. Uma educação integral não cabe somente dentro dos muros da escola, pois buscar na sociedade espaços para a educação integral é ampliar o repertório vivencial da vida escolar tentando relacionar os conceitos sistematizados às vivências em sociedades. Para isso é preciso repensar o currículo e disponibilizar formas de organização. É fundamental a escola garantir a compreensão do sujeito em todo seu percurso formativo objetivando seu desenvolvimento pleno, usando diferenciados métodos de avaliação incluindo a do conselho de classe, para que se evite migração de educandos para exames de certificação.

                     A escola tem função social e deve através de conhecimentos sistematizados desenvolver o pensamento teórico e crítico de seus educandos e possibilitar interações sociais que contribuam para a formação integral dos mesmos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

                   A partir das leituras e dos diálogos da nova proposta curricular, compreende-se  que para ter um efetivo processo de ensino integral, que valorize e considere os saberes que o aluno constrói no seu contexto formativo, bem como envolva e integre as diversas áreas do conhecimento, a fim de que haja uma interdisciplinaridade e que o educando possa refletir e relacionar os conhecimentos das diversas áreas, bem como as suas vivências cotidianas.

                  No entanto para que isto se torne possível, faz-se necessário repensarmos o currículo, e os professores pensarem em estratégias de ensino e aprendizagem que privilegiam a formação integral do sujeito.

REFERÊNCIAS

Santa Catarina. Governo do Estado. Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação - 2014